“Acordei deprimida, liguei para minha avó e perguntei se podia ir para a casa dela. Ela concordou e fui. Chegando lá, já comecei a chorar desesperadamente e com idéias ruins – fiquei descontrolada.”
Essa foi a razão do por que, há exatamente um ano, depois de minha internação, minha mãe combinar com o taxista a viagem para o interior no dia seguinte, um domingo.
No dia e horário marcado, minha irmã, meu cunhado, minha avó e meu irmão chegaram para ajudar a carregar as malas para o carro que nos levaria para a casa de minha mãe, a uns 300 km de São Paulo. Chegamos perto das 15hs e descarregamos a bagagem, arrumando no mesmo dia o que foi possível.
Casa Nova. Vida Nova!
Na primeira noite que eu passei, já acomodada na minha nova morada, dormi pouco, porque estava meio agitada. Mas, acordei cedo e auxiliei minha mãe a ajeitar o restante de minhas coisas. Fui, devagar, me acostumando ao novo lugar.
Tive momentos de tristeza e passei por duas crises leves, que consegui superar com a ajuda do pessoal aqui de casa. Confesso que preocupei minha família.
Da mudança para cá, minha vida tomou um rumo bem diferente daquele que eu estava tendo, como já mostrei com fotos em minha postagem Novo Rumo. Tenho dormido bem, sem despertares durante a noite. Estou tomando os remédios receitados pelo médico, respeitando o horário e a dosagem correta. Frequento com regularidade a Academia, que tem trazido benefícios à minha saúde. Participo das sessões de Terapia, necessárias ao meu tratamento. Reaprendi, também, a ter uma alimentação saudável.
Em casa, aprendi a me organizar e cuidar melhor dos meus pertences. Vou sempre ao supermercado e ajudo na escolha dos produtos, o que é uma mão na roda para minha mãe. Adoro visitar as lojinhas e comprar, desde roupas até perfumaria, dentro do meu orçamento limitado, mas que tenho controlado com mais facilidade. Quando tenho vontade, freqüento a igreja, e isso me conforta espiritualmente. Vez ou outra, eu saio com minha mãe para fazer um lanche ou tomar um suco.
Morar numa cidade pequena é tranqüilo e gostoso, e tem contribuído muito para meu equilíbrio emocional.
Posso afirmar que, apesar de saber que o mal que me acomete não tem cura, consigo ter uma vida normal e correr atrás daquilo que quero para mim: realizar meus sonhos e metas, possíveis de serem atingidos.
E, Viva a Vida!