Hoje fiquei triste porque perdi uma pessoa muito querida, que eu considerava amiga de verdade. Eu a conheci no grupo Anti-Tabagismo, que passei a freqüentar no começo deste ano. Criamos laços de amizade, devido às dificuldades em comum, pois ela tinha períodos de depressão e comecei a freqüentar a casa dela, sempre que íamos juntas à missa. Ela manifestava grande carinho por mim, porque ríamos e conversávamos de tudo um pouco.
Lamentavelmente, ela precisou fazer uma intervenção cirúrgica e o pulmão, já comprometido, foi o motivo da complicação na sala de cirurgia. Infelizmente, ela não resistiu e se foi...
Estou abalada e inconformada, mas sei que nada posso fazer a não ser rezar por ela e lembrar que nosso corpo assemelha-se a uma gaiola e nossa alma a uma ave. Chega o dia que a mãe amorosa diz à ave do espírito: “É chegada tua hora, voa...!”
Espero superar sua perda e somente lembrar os momentos alegres passados juntas.
Dedico este poema à minha saudosa amiga MARINA:
“A morte não é nada.
Eu somente passei para o outro lado do Caminho.
Eu sou eu, vocês são vocês.
O que eu era para vocês, eu continuarei sendo.
Dêem-me o nome que vocês sempre me deram,
Falem comigo como vocês sempre fizeram.
Vocês continuam vivendo no mundo das criaturas,
Eu estou vivendo no mundo do Criador.
Não utilizem um tom solene ou triste, continuem a rir
Daquilo que nos fazia rir juntos.
Rezem, sorriam, pensem em mim.
Rezem por mim.
Que meu nome seja pronunciado como sempre foi,
Sem ênfase de nenhum tipo.
Sem nenhum traço de sombra ou tristeza.
A vida significa tudo o que ela sempre significou,
O fio não foi cortado.
Porque eu estaria fora de seus pensamentos,
Agora que estou apenas fora de suas vistas?
Eu não estou longe,
Apenas estou do outro lado do Caminho...
Você que aí ficou, siga em frente.
A vida continua linda e bela, como sempre foi.”
(Santo Agostinho)