domingo, 25 de julho de 2010

Compartilhando minhas experiências

Passei a semana frequentando o Centro de Atenção Psicossocial. Onde moro, o CAPS tem a sede numa casa ampla, com várias dependências. Está aberta ao público, depois de uma triagem pela equipe responsável. Abre às 7hs da manhã, indo até às 16hs. É servido café da manhã, almoço e lanche da tarde. Nesta unidade, são vários os profissionais especializados: psicólogos, enfermeiros, médico psiquiatra, além do pessoal da administração. Todos eles me receberam muito bem e foi importante permanecer esse período lá, para que eu melhorasse aos poucos.
Como eu, tem outras pessoas frequentando para receberem ajuda e tratamento. Fiz amizades e conversei bastante com todas elas. Participei de algumas atividades propostas pelos auxiliares. Pintei um desenho de borboleta, uma flor e uma forma abstrata. Teve sessão de videoquê, em que eu cantei as músicas que eu gostava. Comecei o tear, mas podia escolher fazer bordado, também. Ajudei na cozinha, lavando louça e arrumando a mesa do almoço. Outras atividades de lazer, durante o intervalo do meio-dia, era a televisão e DVD, para quem quisesse. Por causa do remédio que foi admnistrado nessa fase, senti muito sono, o que me limitou fazer as atividades integralmente - minhas mãos tremiam mais do que o normal, e isso foi desconfortável.
Eu,às vezes, estou mais alegre, outras fico desanimada, meio que oscilando. Apesar disso, em casa fiz parte das minhas atividades normais: ajudei nas tarefas diárias; toquei um pouco de teclado; baixei meus e-mails e respondi os que estavam pendentes; falei com meus familiares pelos Skype e até arrisquei ir à padaria... “Não existe "pedra" no meu caminho que eu não possa aproveitá-la para o meu próprio crescimento.”

 

A PEDRA

O distraído nela tropeçou,
o bruto a usou como projétil,
o empreendedor, usando-a construiu,
o campônio, cansado da lida.
Dela fez assento,
para os meninos foi brinquedo,
Drummond a poetizou,
Davi matou Golias...
Por fim;
o artista concebeu a mais bela escultura.
Em todos os casos,
a diferença não era a pedra
mas o homem.
 
Nota: O poema acima é de única e exclusiva autoria de Antonio Pereira, porém eu não sabia que havia postado uma versão modificada do poema original, publicado em 1999 no livro intitulado Essência. Segundo o autor, esse poema foi copiado do site Apon e está circulando como de autor desconhecido e ou com o nome de outros dois supostos autores, que assinam uma versão modificada do mesmo.
 
Neste blogue, o poema A Pedra já está devidamente corrigido, com os devidos créditos.

domingo, 18 de julho de 2010

A arte de não adoecer


Esta semana foi muito difícil para mim, porque achei que estivesse adoecendo... Senti angústia, tive pensamentos negativos, sem vontade de fazer nada, com minha auto-estima bem baixa. Sei que preocupei as pessoas à minha volta. Razão? Motivo? Circunstância? Nenhuma que eu tenha consciência absoluta.

Estou me recuperando aos poucos e irei superar esta fase. Por isso, preciso acreditar mais em mim e ter Deus no coração.

O texto abaixo veio em boa hora, pois tem muito a ver com este momento que estou vivenciando. É bom para refletir e colocar minha cabeça em ordem.

A Arte de Não Adoecer
(por Dr. Dráuzio Varella)

Se não quiser adoecer - "Fale de seus sentimentos"

Emoções e sentimentos que são escondidos, reprimidos, acabam em doenças como: gastrite, úlcera, dores lombares, dor na coluna... Com o tempo, a repressão dos sentimentos degenera até em câncer. Então vamos desabafar, confidenciar, partilhar nossa intimidade, nossos segredos, nossos pecados. O diálogo, a fala, a palavra, é um poderoso remédio e excelente terapia.

Se não quiser adoecer - "Tome decisão"

A pessoa indecisa permanece na dúvida, na ansiedade, na angústia. A indecisão acumula problemas, preocupações, agressões. A história humana é feita de decisões. Para decidir é preciso saber renunciar, saber perder vantagem e valores para ganhar outros. As pessoas indecisas são vítimas de doenças nervosas, gástricas e problemas de pele.

Se não quiser adoecer - "Busque soluções"

Pessoas negativas não enxergam soluções e aumentam os problemas. Preferem a lamentação, a murmuração, o pessimismo. Melhor é acender o fósforo que lamentar a escuridão. Pequena é a abelha, mas produz o que de mais doce existe. Somos o que pensamos. O pensamento negativo gera energia negativa que se transforma em doença.

Se não quiser adoecer - "Não viva de aparências"

Quem esconde a realidade finge, faz pose, quer sempre dar a impressão que está bem, quer mostrar-se perfeito, bonzinho etc., está acumulando toneladas de peso... Uma estátua de bronze, mas com pés de barro. Nada pior para a saúde que viver de aparências e fachadas. São pessoas com muito verniz e pouca raiz. Seu destino é a farmácia, o hospital, a dor.

Se não quiser adoecer - "Se aceite"

A rejeição de si próprio, a ausência de auto-estima, faz com que sejamos algozes de nós mesmos. Ser eu mesmo é o núcleo de uma vida saudável. Os que não se aceitam são invejosos, ciumentos, imitadores, competitivos, destruidores. Aceitar-se, aceitar ser aceito, aceitar as críticas, é sabedoria, bom senso e terapia.

Se não quiser adoecer - "Confie"

Quem não confia, não se comunica, não se abre, não se relaciona, não cria liames profundos, não sabe fazer amizades verdadeiras. Sem confiança, não há relacionamento. A desconfiança é falta de fé em si, nos outros e em Deus.

Se não quiser adoecer - "Não viva sempre triste"

O bom humor, a risada, o lazer, a alegria, recuperam a saúde e trazem vida longa. A pessoa alegre tem o dom de alegrar o ambiente em que vive. "O bom humor nos salva das mãos do doutor". A alegria é saúde e terapia.


domingo, 11 de julho de 2010

Primeira Infância

No começo da semana passada fiquei muito feliz porque muitos conhecidos, amigos, parentes e alguns internautas simpáticos fizeram questão de deixar uma mensagem no meu blog, cumprimentando-me pelo aniversário. Que alegria!

Hoje vou escrever um pouco sobre minha primeira infância. Nascida em 04 de julho (até parece nome de filme, mas esse é o dia que vim ao mundo). Ano? Bom, isso a gente não revela, né? Com 2,970 kg, tendo de comprimento 46,5 cm, tirei minha primeira fotografia, ainda no hospital.

Segundo minha mãe, eu era um pouco bravinha e chorona. Nas festinhas de aniversário eu tirava os sapatos, o laço da cabeça, e às vezes até o que vestia. Simplesmente eu não parava quieta. Nos restaurantes, saía do cadeirão e ficava passeando em volta das mesas.

Entrei para o Maternal com quase dois anos de idade e me contam que eu dificilmente ficava sentada. Lembro de duas amiguinhas que eu gostava muito: Carol e Talita – que saudade!

Minha maior alegria era quando íamos para a praia, numa sede de colônia de férias em Itanhaém.




    

   

    


domingo, 4 de julho de 2010

Dia de Aniversário




Hoje, ganho mais um dia de vida! Ganho mais um novo ano! E que meu novo ano realmente seja especial!

Olhando meus álbuns de fotografia, selecionei no vídeo as mais significativas, e constatei que em todos os meus aniversários sempre tinha um bolo de morango.

Ofereço a você um pedaço!

 
Soneto de aniversário
 
Passem-se dias, horas, meses, anos
Amadureçam as ilusões da vida
Prossiga ela sempre dividida
Entre compensações e desenganos.

Faça-se a carne mais envilecida
Diminuam os bens, cresçam os danos
Vença o ideal de andar caminhos planos
Melhor que levar tudo de vencida.

Queira-se antes ventura que aventura
À medida que a têmpora embranquece
E fica tenra a fibra que era dura.

E eu te direi: amiga minha, esquece...
Que grande é este amor meu de criatura
Que vê envelhecer e não envelhece.

(Vinicius de Moraes)

Curiosidade: O costume de dar parabéns e presentes na celebração do aniversário natalício das pessoas, começou na Antiguidade - era para proteger o aniversariante e garantir segurança no ano seguinte. Os gregos introduziram as velas nos bolos em forma de lua e colocavam nos altares do templo de Ártemis. As velas de aniversário, na crença popular, são dotadas de magia especial para atender pedidos. (Wikipédia)